Com o avanço da tecnologia, os golpes virtuais se tornaram mais sofisticados e também mais comuns. A advogada Caroline Frota, especialista em Direito Criminal, alerta para o crescimento desse tipo de crime e destaca a importância de cuidados simples no ambiente digital. Hoje, basta um clique em um link falso ou o compartilhamento de um dado pessoal para que um golpista tenha acesso a informações sensíveis, causando prejuízos financeiros e emocionais. “Os criminosos digitais se aproveitam da pressa, da falta de atenção e da confiança das vítimas para agir. O cuidado precisa ser redobrado”, afirmou a advogada. De acordo com o relatório anual da PSafe, o Brasil registrou mais de 5 milhões de tentativas de golpes digitais apenas no primeiro trimestre de 2025. As fraudes mais comuns envolvem promoções falsas, clonagem de contas no WhatsApp, criação de páginas que imitam bancos ou lojas conhecidas e uso de perfis falsos em redes sociais. Caroline Frota reforça que ações básicas já ajudam na prevenção. “Ativar a verificação em duas etapas nos aplicativos, evitar clicar em links enviados por desconhecidos e desconfiar de mensagens com pedidos urgentes são medidas essenciais para manter a segurança digital”, orientou a advogada. Um dos golpes que mais tem crescido envolve criminosos se passando por advogados, utilizando inclusive dados reais como nome e número de registro da OAB. Para ajudar a combater essa prática, a OAB Amazonas lançou uma cartilha informativa com orientações para clientes de advogados, familiares e a população em geral sobre como identificar e se proteger desse tipo de fraude. Segundo a cartilha, os golpistas costumam pressionar as vítimas com promessas de liberação de valores judiciais ou pagamentos de taxas falsas. A orientação é clara: nunca forneça informações pessoais ou financeiras por telefone, não realize transferências sem confirmação formal por escrito e sempre verifique a identidade do advogado junto à OAB. A cartilha sugere medidas práticas, como combinar uma palavra-chave com o advogado real para validar a comunicação e, em caso de dúvida, entrar em contato diretamente com o número oficial do escritório. Também orienta sobre o que fazer caso a pessoa já tenha sido vítima do golpe: registrar um Boletim de Ocorrência, comunicar o banco, acionar o Banco Central e registrar queixa na plataforma Consumidor.gov.br. “Essas medidas podem permitir o rastreamento e bloqueio do valor enviado via Pix, além de auxiliar a polícia na identificação das quadrilhas especializadas nesse tipo de crime”, explicou Caroline Frota. A advogada conta que já atendeu clientes que sofreram prejuízos significativos. “Uma cliente minha perdeu 38 mil reais. Outra pagou um boleto falso acreditando que era a parcela do veículo. Os criminosos conseguem acessar sistemas judiciais, vazar contratos bancários e até montar perfis falsos com nossas fotos”, relatou. Por isso, Caroline reforça a importância de denunciar e compartilhar informação. “A conscientização ainda é nossa melhor defesa. Quando o cidadão entende como esses golpes funcionam, ele se torna mais preparado para reconhecer os sinais e evitar prejuízos”, concluiu.
Advogada alerta sobre golpes na internet e orienta para a prevenção
‘Brasil precisa colocar a Amazônia no centro da política’, defende Tadeu de Souza na imprensa nacional
O vice-governador do Amazonas, Tadeu de Souza (Avante), afirmou que o Brasil precisa colocar a Amazônia no centro dos debates nacionais de política. A declaração foi feita em artigo assinado por ele e publicado no jornal Gazeta do Povo deste sábado (19/07). No texto, o vice-governador defende que as políticas públicas de conservação da floresta levem em consideração a população que vive nela, aproximadamente 30 milhões de pessoas espalhadas pelos estados da região. “O Brasil precisa colocar a Amazônia no centro da política, e isso significa olhar para ela não com ideologia, mas com pragmatismo, escuta e respeito”, escreveu Tadeu em um trecho do artigo. Tadeu acrescenta que, embora a Amazônia concentre cerca de 10% da biodiversidade mundial e seja estratégica para o equilíbrio climático do planeta, a região ainda carece de infraestrutura e fiscalização, e que o governo federal precisa ter uma postura menos burocrática e mais presente. “O governo federal atual, em vez de encarar esse vazio com seriedade, parece optar por um modelo de intervenção burocrática, ideologizada e cada vez mais distante da vida real de quem mora aqui. A soberania climática de que tanto se fala só será possível se vier acompanhada de soberania territorial, o que exige presença efetiva do Estado em áreas onde ele sempre chegou tarde ou nunca chegou”, diz em outro trecho. Progresso e sustentabilidade No artigo, Tadeu de Souza lembra que a Amazônia ocupa quase 50% do território brasileiro, mas representa apenas 9% do PIB nacional. E afirma que é possível aliar desenvolvimento sustentável a ações e obras que garantam o crescimento econômico. O vice-governador também defende a diversificação das atividades do Polo Industrial de Manaus (PIM) para abrir novos mercados e foi enfático sobre a pavimentação da BR-319. “A estrada, que deveria interligar Manaus ao restante do país por via terrestre, ainda possui centenas de quilômetros intrafegáveis. Sem a rodovia, o Amazonas continua isolado, o que representa um entrave ao desenvolvimento econômico. A conectividade digital ainda é precária. Sem estrada, sem sinal e sem segurança jurídica, como se pode falar em desenvolvimento sustentável?”, questiona. COP 30 Tadeu também destaca que a COP 30, que será realizada em Belém (PA), é uma oportunidade histórica para mostrar ao mundo a Amazônia como ela realmente é, e para que as autoridades climáticas do planeta ouçam os amazônidas. “O que a Amazônia precisa não é de tutela, e sim de confiança. Não por acaso, especialistas têm alertado que 70% do PIB brasileiro depende dos serviços ecossistêmicos da região. Ela não é obstáculo ao desenvolvimento do país, mas parte essencial de sua solução”, finaliza. O artigo na íntegra pode ser lido no site do jornal Gazeta do Povo.