Em um gesto de solidariedade que promete marcar a história da Expoagro 2025, os empresários Vilson Benayon, Thiago Vicente e Yago Glaucio anunciaram, nesta quinta-feira, 21/8, a doação de uma cabra Anglonubiana PO – reconhecida por seu alto valor genético – para o leilão beneficente que acontecerá durante o evento. O anúncio foi feito durante reunião com o secretário de Estado da Produção Rural (Sepror), Daniel Borges, que discutiu os preparativos para a Expoagro deste ano, a qual sediará o 1º Leilão Comercial da Pecuária do Amazonas – um marco inédito para o setor agropecuário da região. Mais do que uma doação, a iniciativa carrega um propósito nobre: todo o valor arrecadado com o lote será integralmente destinado ao Hospital do Amor, antigo Hospital de Câncer de Barretos (SP), referência nacional no tratamento oncológico gratuito. “Essa atitude vai além da solidariedade. É uma forma de reconhecimento e gratidão por tudo o que o Hospital do Amor tem feito pelos brasileiros. Agora, será a vez do Amazonas ser diretamente beneficiado com esse atendimento humanizado e de excelência”, destacou Vilson Benayon, presidente da Associação dos Criadores de Ovinos e Caprinos do Estado do Amazonas (Acocam). Cabra campeã A cabra doada não é apenas parte do plantel, ela é a campeã entre os exemplares, uma matriz de altíssimo valor genético. A ação conjunta das empresas Benayon Ovinos, TK23 e Yago Glaucio reforça o compromisso do setor agropecuário com causas sociais urgentes e essenciais. “Estamos entregando o melhor que temos, porque acreditamos que a saúde e a dignidade das pessoas vêm em primeiro lugar. É um privilégio poder contribuir com essa causa”, ressaltou Benayon. A mobilização também inspirou outros produtores a seguirem o exemplo da Benayon Ovinos. Segundo Muni Lourenço, presidente da Federação da Agricultura e Pecuária do Amazonas (FAEA), a doação gerou uma verdadeira corrente do bem. “A atitude da Benayon em fazer esta importante doação tocou profundamente a todos nós. Outras doações já estão sendo confirmadas, fortalecendo ainda mais essa causa tão necessária.”, destacou o presidente da Federação. Sete lotes de animais já foram doados. A renda obtida neste 1° leilão será revertida para a instituição.
Produtores doam cabra de alto valor para ajudar na construção de hospital
Matrículas em cursos de IA quintuplicam em um ano no Senai
O número de matrículas nos cursos de inteligência artificial oferecidos pelo Serviço Nacional de Aprendizagem Industrial (SENAI) cresceu cinco vezes em um ano. Em 2023, a instituição registrou 11,4 mil inscrições, contra 53,4 mil em 2024. O gerente de Educação Profissional e Tecnológica do SENAI, Mateus Simões, atribui a alta demanda às novas tecnologias que surgem no mercado. “O uso de IA pela indústria não é novidade. Já usamos visão computacional e machine learning, por exemplo, como soluções que trazem ganhos de qualidade, eficiência e produtividade. O aumento exponencial dos cursos é resultado da disseminação que a IA generativa trouxe para diversos outros setores”, aponta ele, fazendo alusão ao tipo de tecnologia capaz de criar novos conteúdos e ideias, imagens, áudios e vídeos, e também reutilizar o que sabe para resolver novos problemas. Entre os cursos mais procurados estão Ética na Inteligência Artificial; Implantação de serviços de Inteligência Artificial; Digital Skills: Inteligência Artificial e ChatGPT; IA: Aplicações na Indústria; Fundamentos de Inteligência Artificial; Formulando Prompts com IA; Fundamentos de Ciência de Dados; Banco de Dados para Data Science, IA na Gestão de Negócios e IA na Indústria. Embora a maioria dos brasileiros (82%) já tenha ouvido falar sobre IA, apenas 54% entendem o que é o termo. Por outro lado, 18% nunca ouviram falar e 46% não compreendem o seu significado. Os dados da pesquisa “Consumo e uso de Inteligência Artificial no Brasil”, do Observatório Fundação Itaú e Datafolha, revelam que a busca por conhecimento técnico e qualificação é uma necessidade para quem busca uma oportunidade profissional. “O domínio de inteligência artificial no mercado atual não é uma opção, é uma exigência. Empresas que não utilizarem inteligência artificial como vantagem competitiva, como forma de trazer diferencial para os seus clientes, para os seus processos produtivos, colocam em risco a vida do negócio. Hoje é mais do que necessário aplicações em ambiente produtivo e em serviços administrativos e comerciais”, pontua Simões. Dos usuários de ferramentas que utilizam IA, 70% relataram uso para apoiar atividades no trabalho, para se divertir no tempo livre e para estudar. O levantamento indica, ainda, que quanto maior a escolaridade, mais a tecnologia é direcionada a tarefas laborais. Diante deste cenário, o gerente de Educação Profissional e Tecnológica do SENAI ressalta que a carência de trabalhadores com letramento digital torna as vagas mais atrativas do ponto de vista financeiro. “As empresas ainda estão com dificuldade de achar profissionais com profundidade de conhecimento em aplicações de inteligência artificial. Para aqueles que querem se especializar nessa área, o mercado de trabalho com altíssimos salários é algo garantido”. Programa Para atender o crescente interesse, o SENAI lançou este ano o Programa SENAI de IA Industrial, com trilhas formativas personalizadas para empresas e profissionais. A iniciativa inclui imersão presencial para lideranças, diagnóstico gratuito de prontidão tecnológica e elaboração de plano de ação com consultorias, cursos de qualificação, pós-graduação e programas de residência técnica com provas de conceito (PoCs) aplicadas ao ambiente produtivo. A residência em IA oferece 12 meses de formação prática com mentoria especializada e bolsa de estudo. A instituição também oferece diferentes níveis de formação em IA, com algumas opções gratuitas, entre as quais cursos introdutórios, como Fundamentos de Python para IA (40h) e vídeos rápidos sobre ferramentas de IA aplicadas à indústria. Para saber mais, acesse o portal do SENAI ou procure uma unidade perto de você.
Indústria de Alimentação no AM cobra solução para BR-319
A indefinição em torno da BR-319, estrada que liga o Amazonas a Rondônia e ao restante do país por via terrestre, continua sendo um dos maiores entraves para o setor industrial do estado. O veto presidencial à emenda que retirava a exigência de licenciamento ambiental em trechos já trafegáveis, como é o caso da BR-319, reacendeu a preocupação entre empresários da indústria de alimentação, que há anos enfrentam os altos custos logísticos para abastecer o mercado e escoar a produção. A emenda, de autoria do senador Eduardo Braga (MDB-AM), fazia parte do novo projeto de licenciamento ambiental e visava destravar a obra da rodovia federal. Com o veto do presidente Lula, a bancada amazonense agora tenta articular no Congresso a derrubada da decisão. Para o economista Pedro Monteiro, presidente do Sindicato das Indústrias de Alimentação de Manaus (SIAM), o impasse coloca o Amazonas em uma posição ainda mais vulnerável no cenário econômico nacional. Ele afirma que a conclusão da BR-319 não é apenas uma questão de infraestrutura, mas uma necessidade urgente para garantir competitividade às indústrias locais. “Seguimos esperando uma solução que possa tirar o Amazonas do isolamento e promover o desenvolvimento que a gente tanto precisa. O setor produtivo não pode mais arcar com custos logísticos tão altos. Isso encarece o produto, reduz a margem de lucro e trava o crescimento das empresas”, declarou Monteiro, que também é proprietário da fábrica de produtos alimentícios ‘Virrosas’ com mais de 100 anos de existência em Manaus. Segundo ele, enquanto outros Estados contam com diversas opções para o transporte de insumos e produtos, o Amazonas depende majoritariamente do modal fluvial e aéreo, que têm custo elevado e são altamente vulneráveis a questões climáticas e operacionais. A situação afeta diretamente a cadeia da alimentação, um dos setores mais estratégicos para o abastecimento da população. O transporte de insumos alimentares vindos do Sul e Sudeste do país, por exemplo, pode levar semanas e exigir manobras logísticas complexas. “Nossa indústria é penalizada por um isolamento histórico. A BR-319 pode ser o ponto de virada. Estamos falando de uma rodovia que já existe, que é usada, mas que precisa de melhorias estruturais para funcionar com segurança e regularidade o ano inteiro”, explica Monteiro. Atualmente, o setor de alimentação representa uma parcela significativa da indústria amazonense, com atuação desde o processamento de produtos regionais até o fornecimento para mercados de outros estados e até mesmo para a Zona Franca de Manaus. Para os empresários, o avanço das obras da BR-319 seria determinante para baratear os custos de produção e ampliar o alcance comercial da indústria local. Monteiro reforça que a posição do sindicato é técnica e voltada ao desenvolvimento sustentável. “Somos favoráveis a um modelo que respeite o meio ambiente, mas que também entenda as particularidades da nossa região. Não dá para tratar o Amazonas como se ele estivesse nas mesmas condições logísticas do Sudeste”, concluiu. A expectativa do setor agora recai sobre o Congresso Nacional, onde a bancada do Amazonas tenta costurar apoio suficiente para derrubar o veto presidencial e viabilizar uma alternativa para a retomada das obras da rodovia.
Grupo Engenho reforça compromisso com a sustentabilidade
A adoção de práticas sustentáveis está cada vez mais comum em diferentes setores. Na área gastronômica, o Grupo Engenho tem apostado na sustentabilidade não apenas como forma de preservação ao meio ambiente, mas também como diferencial no segmento. No restaurante Terra & Mar, que faz parte da rede, em Manaus/AM, uma das principais ações sustentáveis é o recolhimento do óleo de cozinha usado. O descarte inadequado desse resíduo pode causar sérios danos ao meio ambiente, como a contaminação de rios e solos. Para evitar esse impacto, o restaurante armazena o óleo em recipientes próprios até que seja recolhido por uma empresa certificada. A mesma prática é adotada também no restaurante Engenho Cozinha Brasileira, também da rede, em Belém/PA, onde o óleo de cozinha utilizado é enviado a uma empresa terceirizada, que realiza o descarte correto do resíduo. Outra iniciativa importante é a coleta de vidros. Além de reduzir o volume de resíduos enviados aos aterros sanitários, essa prática contribui para a economia de energia e evita acidentes com materiais cortantes. O descarte correto também reforça o compromisso do restaurante com a segurança e a responsabilidade ambiental. No Engenho Cozinha Brasileira, em Belém, outra ação que reforça o compromisso ambiental é a parceria com o Boulevard Shopping, onde o restaurante está localizado, para a realização da coleta seletiva. Os resíduos recicláveis são devidamente separados pela equipe da casa e entregues ao centro de compras, que se responsabiliza pela destinação adequada dos materiais. De acordo com o maître do Terra & Mar, Janedson Pereira, o estabelecimento possui dois tonéis de 25 litros para o armazenamento de óleo. Assim que os recipientes ficam completos, a empresa responsável pelo recolhimento do produto é acionada. “A questão do óleo é bem comum dentro dos restaurantes. É importante fazer esse recolhimento pois, assim, estamos evitando danos ao meio ambiente, além de colaborarmos com a reciclagem. Atuamos com uma empresa certificada para a coleta”, explica Pereira. Outra estratégia do Terra & Mar para reduzir os prejuízos ao meio ambiente é o recolhimento de vidros. A ação é importante pois diminui a quantidade de resíduos em aterros sanitários, reduz a emissão de poluentes, entre outros benefícios. “O recolhimento de vidros nos restaurantes ainda é uma surpresa para muitas pessoas. No Terra & Mar também fazemos essa coleta. São produtos em desuso, que podem causar acidentes nos nossos colaboradores ou qualquer outra pessoa. Então, o descarte adequado é uma forma de cuidado também com o ser humano e não apenas com o meio ambiente. Um vidro quebrado é perigoso em qualquer lugar. Com o recolhimento, o produto tem o seu destino final correto”, salienta. Para Pereira, atitudes como o descarte correto de óleo de cozinha e vidros são pequenas ações com grande impacto, e merecem ser valorizadas no dia a dia. “Alguns clientes já presenciaram o momento da coleta de óleo aqui no restaurante, o que reforça nosso compromisso com a transparência e a responsabilidade ambiental. São práticas que fazem parte da rotina do Terra & Mar e demonstram que é possível aliar gastronomia de qualidade à consciência ecológica”, destaca. Essas iniciativas do Grupo Engenho dialogam com discussões globais cada vez mais urgentes sobre sustentabilidade, como as que estarão em pauta na COP30, que ocorrerá em novembro, em Belém (PA). Pereira acredita que a agenda da conferência inspira negócios locais a adotarem posturas mais sustentáveis. “A reciclagem e o descarte adequado de resíduos impactam diretamente o meio ambiente e a economia. Ao fazermos a nossa parte, também contribuímos para um futuro mais equilibrado e viável para todos”, afirma.