Manaus figura entre as seis capitais brasileiras que mais investiram em saneamento básico entre 2019 e 2023, segundo o Ranking do Saneamento divulgado na terça-feira (15) pelo Instituto Trata Brasil. O estudo aponta que mais de R$ 1,1 bilhão foram aplicados nesse período em obras para ampliar o acesso à água tratada e à rede de esgoto. Em dados mais recentes, o investimento total na capital amazonense já ultrapassa R$ 1,6 bilhão até o segundo semestre de 2025.
O levantamento, que utilizou pela primeira vez dados do Sistema Nacional de Informações em Saneamento (SINISA), mostra que Manaus foi responsável por 89% de todo o investimento realizado pelas sete capitais do Norte. As ações voltadas à ampliação da infraestrutura têm refletido em resultados concretos: a cidade está entre as dez capitais que mais avançaram em cobertura de água e esgoto nos últimos cinco anos.
A universalização do abastecimento de água já é realidade, e a cobertura de esgotamento sanitário — que mais que dobrou desde 2018 — agora ultrapassa 34%. A meta da concessionária Águas de Manaus é atingir 90% de cobertura até 2033, com a implantação de 2,7 milhões de metros de redes coletoras e a construção ou ampliação de 70 Estações de Tratamento de Esgoto (ETEs). Uma das obras em destaque, a nova ETE Raiz, deve entrar em operação ainda este ano.
Outro ponto de destaque é a redução nas perdas de água. Manaus aparece entre as cinco capitais do país que mais conseguiram baixar esse índice, com queda de 25 pontos percentuais. As ações incluem a regularização do abastecimento em áreas de difícil acesso, como becos, palafitas e comunidades ribeirinhas.
Além dos avanços em infraestrutura, a capital também tem ampliado o acesso aos serviços por meio de tarifas sociais. Programas como a Tarifa 10, que fixa o valor mensal das contas de água e esgoto em R$ 10, e a Tarifa Manauara, que oferece desconto de 50%, já beneficiam mais de 130 mil famílias.
“Mesmo com dados de 2023, o ranking do Trata Brasil já mostra o impacto dos investimentos em Manaus. A cidade passou por uma transformação no acesso à água e agora começa a avançar com força no esgotamento sanitário, uma mudança que traz reflexos diretos na saúde pública e no meio ambiente”, afirmou Pedro Augusto Freitas, diretor-presidente da Águas de Manaus.
Com os investimentos mantidos em ritmo acelerado e os programas sociais em funcionamento, a expectativa é de que Manaus continue avançando na universalização do saneamento básico nos próximos anos.
