
O deputado federal Capitão Alberto Neto (PL-AM) convocou, por meio das redes sociais, uma manifestação em Manaus para o dia 3 de agosto, às 16h, na praia da Ponta Negra, zona Oeste da capital. O ato integra uma mobilização nacional organizada por setores da direita e tem como mote central o slogan “Fora Lula e Moraes – Senão o Brasil vai quebrar”.
Alinhado à base bolsonarista, o parlamentar amazonense se posiciona como um dos principais expoentes da oposição no estado e elevou o tom contra o presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) e o ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF). Em vídeo publicado nas redes, Alberto Neto classifica o atual cenário político como “de revolta e indignação” e acusa o Judiciário de agir com parcialidade. “Estamos vivendo sob a ditadura da toga do ministro da Justiça, do Moraes”, disparou.
No mesmo vídeo, gravado em Brasília, o deputado também critica a atuação do presidente Lula nas relações internacionais. “O Lula quer ver o caos. Faz pouco caso, diz que vai chupar jabuticaba em vez de negociar com Trump. Quer ver o Brasil quebrar para colocar a culpa na direita, no Bolsonaro”, afirmou.
A mobilização em Manaus ocorre no mesmo final de semana em que estão previstas manifestações em várias capitais do país, numa tentativa de unificar a base conservadora e aumentar a pressão sobre os Três Poderes. A convocação, segundo o deputado, não tem vinculação partidária direta. “Essa manifestação é para todos que querem salvar o Brasil. Vamos levantar cartazes de ‘Fora Lula’ e ‘Fora Alexandre Moraes’. Te aguardo lá”, declarou.
A expectativa entre os organizadores é de grande adesão em Manaus, cidade onde o bolsonarismo tem forte presença nas urnas e nas redes. Para Alberto Neto, o ato vai além da crítica momentânea: é uma resposta à condução política, econômica e institucional do país, que, segundo ele, conduz o Brasil “à beira da desgraça”.
O evento promete aquecer ainda mais o debate político no Amazonas, especialmente num ano em que o termômetro eleitoral já começa a subir. Com críticas diretas à condução do governo federal e à atuação do STF, o tom do ato aponta para um tensionamento ainda maior entre os poderes e uma tentativa da oposição de rearticular suas bases nas ruas.