
A Moto Honda da Amazônia se prepara para viver, em 2026, um dos momentos mais simbólicos de sua história: a comemoração de 50 anos de operação em Manaus. À frente da liderança absoluta no mercado brasileiro de duas rodas, o empreendimento é, hoje, o maior case de sucesso da Zona Franca de Manaus e do Polo Industrial de Manaus (PIM), combinando escala de produção, tecnologia, geração de empregos e compromisso com a sustentabilidade.
O cenário para essa celebração é mais do que favorável. No primeiro semestre de 2025, a produção nacional de motocicletas atingiu 1.000.749 unidades, um salto de 15,3% em relação ao mesmo período do ano passado, segundo dados da Abraciclo. A Honda lidera com folga essa arrancada. Em junho, a produção alcançou 154.113 unidades — alta de 45% sobre o mesmo mês de 2024 — ainda que tenha apresentado uma retração pontual de 10,7% frente a maio. No acumulado do ano, os emplacamentos somaram 1.029.546 motocicletas, um crescimento de 10,3% frente ao ano anterior, consolidando o setor como um dos motores da economia de consumo e da mobilidade urbana no Brasil.
A proximidade dos 50 anos da operação em Manaus ganhou destaque na tradicional “Festa Julina da Honda com a Imprensa” promovido pela empresa, na última quinta-feira (17/7), no Centro de Educação de Trânsito Honda, que reuniu jornalistas e profissionais da imprensa para uma confraternização já consolidada no calendário do setor.
Durante o evento, o diretor de Produção e Qualidade Logística da Moto Honda da Amazônia, Lourival Barros, antecipou a expectativa da empresa em celebrar esse marco histórico.
“Temos muito orgulho de contar com vocês como parceiros dessa trajetória para celebrar, em 2026, 50 anos produzindo motocicletas no Brasil. Agradecemos por ajudarem a divulgar a nossa história ao longo desses anos”, afirmou.

Essa força produtiva tem endereço certo: Manaus. Desde 1976, quando a primeira CG 125 saiu da linha de montagem na capital amazonense, a operação da Honda só fez crescer. Hoje são quase 6 mil motocicletas produzidas por dia, 18 modelos em linha, mais de 8 mil colaboradores diretos e uma estrutura fabril que é referência global por seu nível de verticalização e integração tecnológica. A planta da Honda em Manaus é a maior do mundo entre as unidades de motocicletas da marca — e a única fora do Japão a produzir câmbios DCT, tecnologia que equipa motos de alto desempenho como a Africa Twin.
A empresa superou, no fim do ano passado, a impressionante marca de 30 milhões de unidades produzidas em Manaus, coroando uma trajetória que alia ousadia, consistência e inovação. A aposta feita nos anos 1970 em instalar uma unidade industrial no coração da floresta amazônica — longe dos grandes centros consumidores — se revelou uma jogada estratégica de longo prazo. A combinação de incentivos fiscais da Zona Franca, mão de obra local qualificada e compromisso com a produção nacional gerou um ecossistema industrial de alto valor agregado. Hoje, a Honda abastece não apenas o mercado interno, como exporta para mais de 15 países, incluindo destinos exigentes como Estados Unidos, Austrália e México.
Na ocasião da comemoração da 30 milionésima moto produzida, o presidente da Moto Honda da Amazônia e da Honda América do Sul, Arata Ichinose, declarou: “A cada motocicleta produzida aqui em Manaus, reafirmamos nosso compromisso com o desenvolvimento da região e com a mobilidade no país, oferecendo qualidade, inovação e segurança em cada modelo que sai da nossa linha de montagem”.
A fábrica da Honda também é símbolo de como a indústria pode prosperar em sintonia com o meio ambiente. Desde sua instalação, a empresa adota práticas ecoeficientes, investe em fontes limpas de energia e mantém projetos voltados à conservação da biodiversidade amazônica. A política ambiental rigorosa, aliada ao desenvolvimento de tecnologias com menor impacto ambiental, faz da planta da Moto Honda um modelo de gestão sustentável e industrialização responsável.

Honda 50 anos na ZFM: muito além de uma fábrica
O impacto da operação vai além dos muros da fábrica. A Honda impulsiona uma cadeia de mais de 120 fornecedores diretos, distribui renda, promove formação técnica e movimenta uma rede nacional com mais de 1.100 pontos de venda. Seu braço financeiro, com destaque para o Consórcio Honda e o Banco Honda, responde por boa parte das vendas no varejo — democratizando o acesso às motocicletas como ferramenta de mobilidade e geração de renda.
A perspectiva para 2026 e para o cinquentenário é de crescimento contínuo. A Abraciclo projeta que a produção nacional de motocicletas alcance 1.880.000 unidades no ano — um avanço de 7,5% frente a 2024. Já as vendas devem superar os 2 milhões de unidades, num ritmo que confirma o protagonismo do segmento no cenário econômico brasileiro.
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Ao se aproximar da marca de meio século de operações na Amazônia, a Honda reafirma sua vocação como ponte entre inovação, sustentabilidade e desenvolvimento regional. Manaus, que acolheu a fábrica quando a ideia parecia improvável, hoje abriga um gigante industrial que acelerou o país sobre duas rodas e ajudou a pavimentar um novo modelo de integração entre floresta e progresso. O ronco dos motores é, agora, também o som da história que continua sendo escrita.